E o tempo voa... Passa-se aos nossos olhos um certo ano chamado 2012. Um certo ano estranho. Diferente de tudo que havia planejado para um ano com esse nome. Surpreendente. Como poderia descrevê-lo? Ao que me parece, é jovem. Tem um rosto sincero, humilde, mas não esconde um ar maduro com sua expressão pensativa.
2012 sentiu o vento. Dispersou-se e não viu o tempo passar. Talvez tenha se perdido em suas próprias indagações. 2012 exalava um cheiro inteligente, ainda que complexo de decifrar. É que ele gostava de enigmas. Não que todos tivessem solução. E não, não é um comportamento masoquista.
2012 tinha sonhos, mas alguns não deviam se concretizar. Serviam apenas para serem sonhados. 2012 sabia perfeitamente quais sonhos deveria sonhar. E não, ele não disse a ninguém.
2012 queria voar com o tempo. Mas foi surpreendido pelo tempo, que avisou-lhe que preferia voar sozinho. 2012 sentiu medo. Não deixaria que o tempo levasse suas lembranças, seus devaneios, seus sorrisos. Elas o faziam bem. Se não as tivesse, nada mais lhe restaria.
O tempo então riu do comportamento de 2012. 'Por que tanto pessimismo?'.
2012 não percebia que o tempo em nada se assemelha a um furacão devastador. Agora 2012 já nao é mais jovem, mas ainda tão pensativo! 2013 não havia apagado de sua memória o real significado da conquista de um ano inteiro. 2012 sentiu-se agraciado. Seu velho sorriso não escondia sua satisfação.
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